Vejamos o seguinte texto e analisemos se ele pode orientar nossa compreensão:
"O segredo dos índios
Em uma briga entre lagarto e jararaca, a cobra leva a melhor. A picada dela o deixa fraco, perto da morte. Mas ele é esperto: foge da briga e corre atrás de remédio. Mastiga umas folhas e dias depois fica forte novamente. O índio, na espreita, acompanha todo aquele processo. Se alguém for picado por uma jararaca, ele corre em busca daquela mesma planta mastigada pelo lagarto. Primeiro, testa o remédio. Se der certo, a planta entra na lista de medicações daquela aldeia. Foi assim que, ao verem animais machucados roçando em uma árvore, os índios descobriram o poder cicatrizante do óleo de uma árvore chamada copaíba, por exemplo."
Com base na transcrição acima podemos considerar a possibilidade de que foi observando e interagindo com a natureza que aprendemos tudo o que sabemos sobre como sobreviver neste planeta.
Se considerarmos que cognição é "uma função psicológica atuante na aquisição do conhecimento e se dá através de alguns processos, como a percepção, a atenção, associação, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem. ... Ela começa com a captação dos sentidos e logo em seguida ocorre a percepção." Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cogni%C3%A7%C3%A3o), podemos concluir que a percepção que orientou o desenvolvimento das sociedades humanas originou-se a partir de experiências naturais, ou seja, do que observamos ocorrer espontaneamente na natureza.
Se isso é uma verdade, o que se deveria esperar como evolução positiva da percepção humana em seu aprendizado? Se pensarmos em termos pedagógicos, no sentido de que o aprender se dá através da assimilação de trilhas de conhecimento, como num vórtice em espiral, o conhecimento antigo baseado na natureza não deveria ser descartado, outrossim continuar sendo a base para a incorporação das plataformas tecnológicas que nos fizeram avançar como civilização. Se descartamos completamente a observação natural de nosso sistema de aprendizado corremos o risco de virtualizar tanto o nosso ambiente até o ponto em que ele se tornará incompatível com a natureza deste planeta.
Seria esta a razão pela qual nossos jovens aprendem, do jardim da infância até a graduação, matérias que não "caem" na vida real? Matérias que não os preparam para enfrentarem os desafios contemporâneos de sobrevivência?
Senão, veja no próximo post o que aprendemos sobre alimentação e saúde na escola...
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